No mundo dos carros, todo churrasco de família ou roda de amigos tem seus “especialistas”. São décadas de “dicas de posto” e “conselhos de vizinho” que são passados de geração em geração. Mas será que tudo o que a gente ouve por aí é verdade?
Prepare-se para quebrar alguns paradigmas. Nós investigamos a fundo e vamos separar o que é fato do que é fake. Conheça 7 mitos automotivos que você provavelmente acreditava (até agora).
VERDADE: Ela não limpa um motor já carbonizado, mas ajuda a manter limpo um motor que já está em bom estado.
POR QUÊ? Os aditivos da gasolina funcionam como um detergente, prevenindo a formação de novos depósitos de sujeira no sistema de injeção. Eles não têm força para arrancar a sujeira grossa que já está impregnada em um motor com alta quilometragem e sem cuidados.
VERDADE: Isso valia para os carros antigos, com carburador. Para os carros modernos com injeção eletrônica, o ideal é ligar e sair dirigindo suavemente.
POR QUÊ? O motor e, principalmente, o catalisador (peça chave do sistema de emissões) aquecem muito mais rápido com o carro em movimento leve. Ficar parado na garagem só gasta combustível, tempo e polui mais.
VERDADE: FALSO e muito perigoso! Descer com o carro engrenado gasta ZERO combustível.
POR QUÊ? Quando o carro está engrenado e você tira o pé do acelerador, o sistema de injeção eletrônica corta totalmente o envio de combustível (o efeito “cut-off”). Em ponto morto, o motor precisa continuar queimando combustível para se manter ligado. Além do risco de segurança, já que você perde o freio-motor e sobrecarrega os freios.
VERDADE: NUNCA! A calibragem correta é a que está na etiqueta na coluna da porta do carro ou no manual do proprietário. Outro detalhe é que deve-se calibrar com os pneus frios (vide etiqueta).
POR QUÊ? O valor escrito na lateral do pneu é a pressão MÁXIMA de segurança que aquele pneu aguenta. A pressão correta de uso é calculada pela montadora para garantir o melhor equilíbrio entre segurança, conforto e durabilidade para o peso e a suspensão daquele veículo específico.
VERDADE: O óleo vence por quilometragem OU por tempo, o que vier primeiro.
POR QUÊ? Mesmo com o carro parado na garagem, o óleo sofre um processo de oxidação em contato com o ar e perde suas propriedades de lubrificação. Por isso, a maioria dos fabricantes recomenda a troca a cada 6 ou 12 meses, mesmo que o carro não tenha rodado a quilometragem prevista.
VERDADE: Depende da velocidade. Na estrada, o ar pode ser mais econômico.
POR QUÊ? Em velocidades altas (geralmente acima de 80 km/h), os vidros abertos criam um arrasto aerodinâmico tão grande que o motor precisa fazer mais força para manter a velocidade do que para tocar o compressor do ar-condicionado.
VERDADE: O etanol não faz uma “faxina”. Por ser um solvente mais forte, ele pode soltar a sujeira que já existe no sistema de combustível.
POR QUÊ? Se o tanque e as mangueiras estiverem com borra acumulada (pelo uso de combustível de má qualidade), o etanol pode desprender essa sujeira. O problema é que esses detritos soltos podem acabar entupindo o filtro de combustível e os bicos injetores, causando mais problemas do que soluções.
No fim das contas, a informação correta é a melhor ferramenta para cuidar bem do seu carro e do seu bolso. Desconfie de “dicas milagrosas” e siga sempre a recomendação do manual do seu veículo.
Qual desses mitos automotivos você também acreditava? E qual outra “dica de vizinho” você já ouviu por aí? Conte pra gente nos comentários!